Como evitar que suas pernas te abandonem antes da linha de chegada
Os bastões ajudam?
Você já chegou naquela parte da corrida em que cada descida se torna uma tortura? Seu quadríceps treme, suas panturrilhas gritam, e você começa a se perguntar: como diabos ainda falta tanto para o final?
Essa sensação tem nome: fadiga muscular extrema. E, em uma ultramaratona, ela é inevitável. Mas será que os bastões podem retardar esse colapso muscular e te fazer correr por mais tempo?
O que acontece com os músculos em uma ultramaratona?
O estudo de Millet et al. (2011), publicado no PLoS ONE, acompanhou ultramaratonistas durante uma prova brutal de 166 km com 9.500 metros de ganho de elevação. Eles monitoraram a força muscular antes e depois da prova e os resultados foram preocupantes:
📉 Perda de 35% da força dos quadríceps após a prova.
📉 Flexores plantares (panturrilhas) perderam até 39% de força.
📉 Músculos respiratórios também sofreram uma queda de 16% na força.
Isso significa que, ao longo de uma ultra, seu corpo está perdendo progressivamente a capacidade de manter força e estabilidade.
E onde entram os bastões?
Os bastões ajudam a retardar essa fadiga?
A resposta curta: Sim, mas depende de como você os usa.
Se os bastões redistribuem o esforço para os braços e o tronco, faz sentido pensar que eles ajudam a preservar os músculos das pernas por mais tempo. Estudos sugerem que:
✔️ Menos fadiga nos quadríceps e panturrilhas.
✔️ Descidas menos destrutivas para os músculos.
✔️ Melhor estabilidade e controle da postura.
Mas aqui está o segredo: se você não treinar corretamente com os bastões, eles não vão te salvar na hora da prova.
Conclusão prática
✔️ Se você corre provas curtas e explosivas, os bastões podem ser dispensáveis.
✔️ Mas se você encara ultramaratonas e percursos técnicos, eles podem ser um grande diferencial.
💡 No próximo texto, vamos responder a pergunta mais esperada: os bastões realmente melhoram seu desempenho? Eles fazem você correr mais rápido?
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🔗 Referência: Millet, G. Y., Tomažin, K., & Vergès, S. (2011). Neuromuscular consequences of an extreme mountain ultra-marathon. PLoS ONE, 6(2), e17059.