Se correr fosse só seguir a planilha, o Excel já teria virado campeão olímpico.
Por que isso importa?
Porque na trilha (e na vida), quem confunde plano com objetivo acaba tropeçando onde não precisa. E, pior: pode deixar de evoluir por insistir no ritmo errado no dia errado.
O dia que eu quase estraguei tudo por seguir “o plano”
Era uma segunda comum, treino de manhã cedo. A missão era simples: 10 km em ritmo de limiar. Na planilha (planejamento), estava lá: 4:25 por quilômetro. Esse era o meu “pace alvo”.
Só que logo no segundo quilômetro já senti que tinha algo fora do lugar. As pernas estavam pesadas, a respiração mais curta que o normal… aquele 4:25 não tava encaixando.
Foi aí que bateu a dúvida: insisto no número da planilha ou escuto meu corpo?
Decidi fazer o que eu falaria para um aluno na mesma situação: escutar. Deixei o relógio de lado, fui pelo “confortavelmente difícil” — aquela sensação clássica de limiar. No fim, fechei com média de 4:40/km. Mais devagar que o plano? Sim. Mas dentro do estímulo certo. O objetivo do treino? Cumprido. O plano? Ajustado. O treino? Salvo.
E aqui entra meu lema: ciência, feedback e resultado
A ciência é o ponto de partida. É ela que constrói a estrutura da planilha.
Mas o treino de verdade acontece no corpo do aluno, no clima do dia, no cansaço acumulado, no que rolou na semana.
Por isso, o feedback é o elo mais importante desse processo. Quando o aluno entende e compartilha o que tá sentindo — e quando o treinador escuta com atenção — dá pra ajustar o plano antes que ele vire problema. Eu faço isso todo dia. Porque o papel aceita tudo… mas o corpo não mente.
Quanto mais o atleta aprende a gerenciar sua própria carga, mais eficiente fica o treino. E é assim que a gente chega onde importa: resultado.
A BASE DO TREINAMENTO EM TRILHA: ENTRE PEDRAS E PLANILHAS
O curso que vai transformar seu jeito de treinar — e de treinar outros
Esse curso é a base que faltava.
Para quem vive e respira trilha, mas quer ir além do instinto.
Aqui, a ciência encontra a prática real, com conteúdo direto ao ponto:
Você não é aluno. Você é parte da construção.
Vem ser raiz com método.
E se eu tivesse insistido?
Já vi acontecer (e confesso, já fiz isso antes também): você força um ritmo que o corpo não entrega naquele dia. Começa a sofrer no meio, implode no final. E sai achando que "não tem mais gás", quando o problema foi só... teimosia.
A dica que muda seu jogo
Plano é chute. Objetivo é ciência.
Toda vez que for treinar, pergunte: "Qual o objetivo desse treino?"
Se for limiar, a missão é correr em um nível que seu corpo responda com adaptação, não com sofrimento desnecessário.
E nos treinos fáceis? Aí é onde muita gente se perde. Não é porque é fácil que tem que ser sempre na bordinha do esforço. Vai mais leve. Sente como o corpo tá. Adapta.
Se fizer isso, você vai chegar inteiro no treino de qualidade. E mais inteiro ainda na prova.
Como aplicar amanhã?
No seu próximo treino, tente isso:
Antes de sair, escreva o objetivo do treino (e não só o pace).
Durante o treino, monitore a percepção de esforço. Se não tá batendo, ajusta logo.
Nos treinos fáceis, vá pelo "esforço confortável", não pelo GPS.
Lembra: quem ajusta cedo, desvia do buraco.
A diferença entre um treino bom e um treino que te derruba é, às vezes, uma decisão feita no segundo quilômetro. Não confunda o número da planilha com a missão do dia. E por favor, escuta o corpo.
🚀 Vem pro time da Fetter Trail Training
Se você quer treinar com propósito, adaptando na medida certa, evoluindo de verdade — cola com a gente. Vem pro time!
Sempre no alvo 🎯
Baita texto.. eu treino com percepção sugbjetiva de esforço (PSE) vou te dizer que pelo menos pra mim funciona bem.
PS: Ajusta ali no texto o pace que tu terminou o treino, tu colocou 4:20 mas acho que deve ser 5:20.
Forte abraço meu amigo